PANORAMA POLÍTICO

PANORAMA POLÍTICO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho, da Academia Mineira de Letras
Quem acompanha o noticiário político já pode tirar algumas conclusões, ainda que eivadas, possivelmente, de subjetividade e possam parecer meras hipóteses.
Para o Rio de Janeiro e Minas Gerais talvez fosse melhor o Aécio Neves do que o José Serra.
Ficar à sombra do Lula é melhor para Dilma do que o Serra estar na alheta do FHC.
O certo é que, ganhando o Serra e este continuando as obras lulistas, os historiadores poderão lançar a sentença, muito batida pelo uso, empregando famoso chavão do antes e do depois, falando do progresso do país antes e depois de Lula, fazendo do atual Presidente, sob este aspecto, o referencial na História do Brasil
Serra tem mais habilidade política do que Dilma, mas o partido dela é expert em contornar rapidamente as situações complicadas.
Serra tem se apresentado como o Rio Sena, ou seja, tranqüilo; Dilma é como o Ródano impetuoso.
Serra não quer ser um gladiador, mas Dilma deseja passar a imagem de uma guerreira destemida.
Lula está convicto de que fará seu sucessor, “acha que vai batizar Dilma presidente da República”; mas, certamente, acredita que Serra não agredirá as linhas mestras por ele traçadas.
O sorriso de Dilma é enigmático; a seriedade doe Serra é emblemática.
Para Ciro Gomes, Dilma é melhor que Serra, mas Serra é mais preparado, mais capaz.
Melhor para o Rio de Janeiro será Dilma; São Paulo lucraria com a eleição de Serra.
Nenhum dos dois será o (a) vencedor(a), pois, num pleito como o que se desenha, a triunfadora será a democracia.
Não se pode esquecer que Marina será uma opção para quem não apoiar a polarização atual entre os candidatos de Lula e FHC. Ela asseverou que“falar é bom, mas escutar também é importante, e vamos continuar escutando”.
Neste cenário são muitos os que lamentam a não possibilidade de estar presente José de Alencar, dado que, numa disputa pela Presidência da República entre os dois Josés, seria ainda mais imprevisível o vencedor.
Seja como for vale o ditado “cada cabeça uma sentença”, mas o certo é que com Dilma com Serra ou Marina quem ganhará será o Brasil, a quem ambos muito amam e desejam servir.