DISCIPLINA NAS ESCOLAS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
O mau comportamento de adolescentes e jovens tem sido um dos temas que os jornais ultimamente têm focalizado com notícias bastante alarmantes no que tange a uma maneira mais urbana de se comportar de uma juventude que se apresenta hiperativa e por demais ansiosa.
A grande questão é o bom relacionamento não apenas dentro do perímetro escolar, como ainda além do mesmo, pois muitos se esquecem que a Escola tem vizinhos que devem ser respeitados nos seus sagrados direitos.
Trata-se de uma agressividade anômala que se manifesta inclusive numa gritaria insuportável.
É possível aos formadores ministrarem uma educação que respeite as mínimas normas do bom senso. Quando, porém, dirigentes de certos Estabelecimentos de Ensino chegam a afirmar que não têm controle dos alunos a situação é então catastrófica.
O contexto atual é tão complexo que, em muitas Escolas, há atendimento psicológico e até psiquiátrico para melhorar o ambiente. Valores humanos são tantas vezes menoscabados, dado que há uma mentalidade de se cumprir simplesmente o currículo escolar, julgando que tudo se cifra no esquema ensino-aprendizagem. O perfeito equilíbrio emocional dos jovens fica esquecido e condutas completamente condenáveis são consideras regulares, mas o resultado é que fatos horrípilos têm sido observados por toda parte nos mais diversos Estados, inclusive agressões físicas entre alunos e até da parte destes para com os professores. O que se esquece é que males se cortam pela raiz e aqueles que não observam as mínimas regras de um procedimento humano louvável pode chegar às raias das maiores aberrações.
Falta da parte de muitos educadores é um conceito exata de disciplina de tal forma que, mormente nos espaços entre as aulas, todo tipo de algazarra é permitido.
O respeito para com as pessoas não pode estar circunscrito numa sala de aula, mas deve se estender em todas as circunstâncias do convívio humano. Sem autodomínio e a capacidade de utilizar a liberdade com responsabilidade não se educam cidadãos prestantes e beneméritos da sociedade.
O senso da convivência deve levar à preocupação com todo o conjunto social, sobretudo, como ocorre atualmente, com escolas em prédios improvisados. Pode até haver computadores da mais alta geração, mas não há o ambiente propício a uma equilibrada situação emocional. Daí os gritos, o descontrole dos alunos. Educação não se inventa, mas é questão de orientação sábia, dando ao educando os motivos pelos quais o próximo deve ser tido em conta.
É preciso que se criem hábitos que valem para qualquer situação na qual estejam seres humanos civilizados. Alguns jovens têm a compulsão do grito, anomalia que perturba. azucrina e incomoda os outros. É preciso que a cordialidade volte a imperar.Tudo é questão de muita coerência. Se durante os trabalhos acadêmicos um mínimo de atenção e civilidade é indispensável, também fora da sala de aula é mister que a polidez seja exigida da mesma maneira. Do contrário surge uma distorção ética de conseqüências imprevisíveis. A maneira de ser correta deve ser incorporada a toda a existência do ser humano e não apenas neste ou naquele momento. Há condições desfavoráveis dentro de muitas Escolas, condições que propiciam exatamente a falta de compostura que deve ser um distintivo de uma pessoa bem educada. Por vezes, falta até uma certa unidade pedagógica que leva alguns professores justificarem o injustificável contra a opinião daqueles que combatem a falta de critério. Daí todo tipo de irresponsabilidade que contamina os jovens.
A falta de integração do corpo docente, seu descompasso, leva à desintegração do corpo discente. A falta de competência profissional gera distorções e impede a boa formação da juventude que é, deste modo, levada a comportamentos inadequados, condenáveis.* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
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