quarta-feira, 1 de abril de 2009

Uma síntese sobre um notável católico

UMA SÍNTESE SOBRE UM NOTÁVEL CATÓLICO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Arthur Bernardes, Católico praticante, modelo do autêntico Político demonstrou sempre têmpera admirável, pois graves os problemas que enfrentou como Presidente da República.
Realizou plenamente o que afirmou em 1924: “O meu dever, eu o cumprirei serena, tranqüila e impavidamente. Só assim terei sido digno dos meus concidadãos e da minha Pátria”.
Impediu a guerra civil. Governou em estado de sítio e neste ambiente de tensões fez maravilhas.
A revisão da Constituição que vigorou a partir de 7 de setembro de 1926 foi obra merecedora dos elogios dos maiores jurista. Corrigiu defeitos e preencheu lacunas da Carta magna de 24 de fevereiro de 1891.
As finanças do país foram restauradas.
Desenvolveram-se a lavoura, o comércio e a indústria.
Grande impulso deu à educação.
Reformas sábias realizaram-se em quase todos os departamentos de sua administração.
Único sempre o seu objetivo: o bem público. Ao terminar seu mandato de Presidente da República podia com razão declarar: “Não somos dos que fazem da política padrão de glória, buscando nas suas lides o brilho efêmero das conquistas”.
Conheceu a fundo os problemas brasileiros e quanto esteve em seu poder lhe deu solução oportuna e perfeita.
Quadriênio conturbado, não há dúvida, o de 1922 a 1926, que exigia um homem de pulso, o qual dominou a desordem; que necessitava de um emérito administrador, o qual tanto realizou, não obstante enormes óbices.
Ninguém faria mais pela pátria em tempo tão nebuloso do que este austero mineiro, clarividente, impávido.
Deve ser ele a inspiração dos jovens de hoje que nele podem contemplar a grandeza de um verdadeiro nacionalista, a glória de um autêntico patriota. Aliás, em 1921 ele dizia: “Cultuar os grandes vultos da pátria, solenizar as suas datas gloriosas, ensinar a sua história, tornar conhecida sua geografia são pontos de um programa, que só merece aplausos dos bons patriotas e apoio dos governos esclarecidos”. Ele é um destes varões abalizados que merecem ser venerados e estudados. Nas quebradas de nossa história ressoarão através dos tempos suas palavras de fé cívica: “Ao Brasil sobram recursos para grandes destinos”.
Que cada brasileiro possa um dia repetir com Dr. Arthur da Silva Bernardes: “Quanto em nós se continha de amor à Pátria e à República, de energia moral e resistência física, demos, sem reservas, ao serviço da Nação”. Amar e servir fielmente a pátria é um dever de todo bom católico.* Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.

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