OUTROS DEPOIMENTOS SOBRE ARTHUR BERNARDES

OUTROS DEPOIMENTOS SOBRE ARTHUR BERNARDES

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*

Quem pesquisa os depoimentos sobre o Presidente Bernardes fica a cada dia mais maravilhado com a influência do mesmo no espírito de notáveis homens públicos e cientistas sociais. Eis abaixo outras referências ao notável político viçosense.

Prof. Hélio de Alcântara Avellar, na História Administrativa e Econômica do Brasil: “Sem dúvida, Bernardes legava a seu sucessor, tranqüilamente eleito, um quadro nacional de cores mais risonhas”. Bento Gonçalves, Deputado Federal: “O Presidente Bernardes foi, no curso de sua vida, padrão de homem público na mais exata acepção. Dele podemos dizer ter sido um lutador incansável, forrado de sólidas convicções”.

Clóvis Salgado: “Como bernardista, continuo a correr para o leito amplo e ensolarado que ele, com a sua energia patriótica, rasgou a todos os nacionalistas. É o mesmo caminho que buscam quantos amam e querem ver engrandecida a terra brasileira”.

Paulo Amora: “Dos Presidentes da República, porém, nenhum superava a Bernardes. Se Epitácio excedia nos primores da cultura jurídica, faltava-lhe, em compensação, o conhecimento da administração e da Economia, além do senso prático, que a Bernardes sobejava”.

Bruno de Almeida Magalhães: “Bernardes era um homem que não precisava invejar ninguém”.

Jornal A União: “Dr. Arthur da Silva Bernardes, cujo quadriênio, ontem iniciado, se completará em 15 de novembro de 1926, ascende ao poder prestigiado pela grande maioria das forças políticas conservadoras da Nação, e depois de vencer forte e violenta campanha de adversários que não pouparam golpes nem escolheram armas com que o ferissem”.

Mário de Lima, referindo-se à sua atuação no governo de Minas Gerais: “A situação econômica melhora, dia-a-dia, amparadas as classes produtoras por sábias providências governamentais, que visam, principalmente desafogar o trabalho dos pesados ônus tributários que o sobrecarregavam”.

Waldemar de Almeida Barbosa: “Foi o defensor da ordem e da legalidade, personagem quase messiânica, que encarnou, com firmeza, a bandeira do poder constituído, que soube com pertinácia”.

Alberto de Souza Lima: “Foi sempre sereno em face dos mais graves acontecimentos políticos que abalaram o País”.

Dom Oscar de Oliveira: “... na lonjura do céu livre, nuvens de invídias e despeitos, de malquerenças e ódios, de mal-entendidos e calúnias desaparecem, valores e virtudes de proeminente personagem podem luzir melhor no céu da História. Assim a estrela deste homem de fé, que foi o grande Presidente Arthur da Silva Bernardes”.

Senador Magalhães Pinto: “Dedicou-se de forma ininterrupta à vida política, em busca sempre de um Brasil melhor e mais independente”.

Pedro Maciel Vidigal: “Enérgico no cumprimento de seus deveres, de uma retidão no usar os meios para chegar aos fins, ele foi o grande defensor do princípio de autoridade, alma do governo e vida da República e fiador dos respeitos devidos aos detentores do Poder. Sua fortaleza de ânimo foi mesmo extraordinária. Exposto a muitos perigos, foi intrépido e firme. Se o princípio de autoridade não fosse tão bem defendido por ele, como foi, a anarquia se instalaria nos quartéis e reinaria no Brasil”.

Rondon Pacheco: “Sua visão de estadista alcançava o futuro, desvendava-o, dava-lhe o escudo de uma certeza de quem não podia e não queria transigir com uma verdade nem sempre ao alcance de todos”.

Aureliano Chaves: “... o patriotismo de Arthur Bernardes não se entretecia de palavras apenas, mas de atos sobretudo de civismo, de provas, de dedicação, de gestos de desassombro, de decisões, de atitudes francas irrevogáveis”.

Juscelino Kubitschek: “Bernardes, pela sua imagem hipnotizadora, catalisava, impressionava e diante dele ninguém se manteria indiferente”.

Abgar Renault: “Quer administrador, quer dirigindo a luta política, Arthur Bernardes foi principalmente o chefe, a sua vida foi, sobretudo, a expressão visível e contínua do seu estilo de chefe, do seu claro estilo de chefe ‑ exato, límpido, incisivo e irresistível”.

No livro “Temas históricos” da autoria deste articulista se encontram as fontes destas assertivas.

* Professor no Seminário de Mariana de 1964 a 2008.