quarta-feira, 15 de abril de 2009

LOUVORES A MARIA

LOUVORES A MARIA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Salve Maria! Eis o grito de alegria e de amor que se levanta do grêmio das gerações cristãs. Fortificados pelas afirmações doutrinais, iluminados pela graça , dia a dia, mais ávidos de penetrar o segredo das verdades reveladas, os epígonos de Jesus se empenharam em cantar os louvores de Maria e páginas imortais surgiram por toda a parte: hinos, cânticos, apologias entusiásticas, tratados teológicos cheios de sabedoria, unção e profundidade mística. Aos pés da Madona celestial uma plêiade de nomes ilustres: Cirilo, Efrem, Ambrósio, Epifânio, Germano, João Damasceno, Anselmo, Bernardo, Alberto Magno, Boaventura, Bernardino de Sena, Tomás de Aquino e tantos outros. Coroada pelos gênios da Teologia e das Letras, Maria deveria ser homenageada extraordinariamente pelos artistas. A riqueza prodigiosa do ouro, do mármore, da prata, de tudo que há de valioso na natureza se colocou a serviço de homens talentosos para glorificar a Mãe de Jesus. A arquitetura, a escultura, a pintura, todas as artes plásticas se renderam ante a beleza celestial de Maria a inspirar os rasgos mais fulgentes dos maiores gênios de todos os tempos. O amor a Maria, foi a fonte de grande parte das obras primas religiosas que o mundo admira. Célebres museus do mundo ostentam a glória desta Mulher bendita sempre ao lado de Jesus em obras nas quais o engenho humano soube retratar um pouco da grandeza daquela que se fez a grande inspiradora dos maiores talentos que a história conhece Entretanto que a celebridade da Virgem Santa não se circunscreve nas célebres catedrais, nos templos grandiosos, nas obras fascinanantes. Mesmo nas capelas mais humildes, nas igrejas menos decoradas, nos templos mais simples que se espalham nas pequenas cidades e vilas e talvez aí mais do que nas grandes metrópoles o homem pode melhor orar. Pela prece, o culto de Maria abarca o mundo inteiro. Grandes e pequenos, sábios e iletrados, ricos e pobres, todos, felizes fazem chegar ao trono desta Senhora bendita, seus rogos, suas preocupações, seus louvores. A prece é a mais expressiva manifestação da fé e é sobretudo através dela que se realiza a famosa profecia da Virgem Santa: “todas as gerações me chamarão bem-aventurada!” É por isto que durante o Ano Litúrgico, a Igreja dispôs harmoniosamente as festas em honra de Maria, comemorando seus privilégios e rememorando toda sua vida. Para Maria, como para Jesus nós comemoramos o nascimento, a apresentação no templo, a paixão, a ressurreição, o triunfo, sua ida para o céu de corpo e alma. Além dos títulos que a piedade cristã lhe foram dando século após século na lembrança de aspectos fundamentais de sua existência e de sua atuação. Assim o que parte da terra recebe influxo do que vem do céu e será impossível deter esta sinfonia de loas a Jesus e a Maria. * Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.

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