quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Santa Mônica e o testemunho cristão

SANTA APOLÔNIA E O TESTEMUNHO CRISTÃO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Em 249 apareceu em Alexandria um poeta, cujo talento era empregado em combater o cristianismo. O Imperador Décio estava empenhado em destruir a nova doutrina. Havia, assim, um ambiente propício a uma campanha de desmoralização. Mau e fantasista, o poeta, em comícios públicos, ameaçava a população com grandes calamidades, se não fossem exterminados os cristãos. O povo, fanático, explorado por um louco, em manifestações de furor coletivo, entregou-se à pilhagem e à carnificina. Foram dias de pavor, de miséria e de sangue. Feriam, matavam e roubavam os cristãos, como se praticassem atos de virtude.
Meton, um ancião de raros méritos, foi a primeira vítima. Deram-lhe pauladas, arrancaram-lhe os olhos, atiraram-no ao chão, e, cortando-lhe o rosto com rosetas de ferro, arrastaram-no pelas ruas da cidade, para terminar o suplício com uma saraivada de pedras, entre as quais deixaram-no sepultado.
A turba enfurecida, sedenta de sangue, passa à casa de Quinta, piedosa senhora, cuja vida era toda dedicada ao bem do próximo. Recusando-se a prestar adoração aos ídolos, Quinta tem os pés e mãos atados, e moída a cacete, é puxada para fora da cidade, para, junto dos restos de Meton, ser apedrejada.
Alexandria era a cidade da morte. Os cristãos eram caçados em suas casas, como feras em suas jaulas. Estas resistiriam com uivos, e pulos, e dentadas, mas os discípulos de Cristo entregavam-se como vítimas inocentes e eram mortos com todos os requintes de crueldade.
Avançada em idade, Apolônia, que vivia na oração e na penitência, em sua pobre casa, recebe a infeliz visita dos perseguidores de Cristo. É uma massa informe, ululante, selvagem, estúpida, berrando, pulando, praguejando, a invadir-lhe os modestos aposentos. Esbofeteiam-na, puxam-lhe os cabelos, quebram-lhe os dentes. É conduzida para além dos muros da cidade.
Os algozes acendem uma grande fogueira e ameaçam a virgem de atirá-la às chamas se não renegar a Jesus Cristo. Coisa impossível! Todos os seus anos levara Apolônia em servir e amar a Jesus, como poderia agora desconhecê-lo? Havia de confessá-lo diante da morte, no meio das chamas, sorrindo, cantando, louvando o seu amor. E foi, ar sereno, alegre, voluntária, que marchou para o meio das labaredas, oferecendo-se aos céus como hóstia pura e santa, no ano de 249.
Como esta santa teve seus dentes despedaçados os fiéis começaram a invocá-la como protetora de cada uma das peças duras, semelhantes a osso, que guarnecem os maxilares e mandíbula e servem especialmente para morder e triturar alimentos. Grandes graças alcançadas por sua intercessão. Os que invocam Santa Apolônia devem também sempre orar pelos seus dentistas que são instrumentos de Deus para a boa saúde bucal, indispensável para o bem-estar corporal. Além disto, não basta invocar Santa Apolônia, pois cumpre também todo cuidado na higiene diária, bem como evitar tudo aquilo que os odontólogos mostram como pernicioso para os dentes. Além de tudo isto, o exemplo de Santa Apolônia e dos mártires de Alexandria e de todos os tempos devem ser para os cristãos um exemplo de fidelidade a Jesus Cristo. Quantos diante da televisão, ante cenas inteiramente contrárias aos dez mandamentos e aos demais ensinamentos do Mestre Divino aprovam as maiores imoralidades e os maiores desvios éticos. A assistirem programas como o vergonhoso Big Brother Brasil e sem coragem para denunciar tais desregramentos. Não têm destemor para mudar de canal e, ao menos, para dizer aos circunstantes que aquilo é indigno de um cristão. * Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.

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