quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

NORMAS PEDAGÓGICAS

NORMAS PEDAGÓGICAS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Cumpre aos educadores em tudo transluzir amor e compreensão que trarão resultados promissores, pois quem semeia dileção e ternura só colhe flores. O cultivo do apreço e da gratidão é essencial na formação do jovem: o “muito obrigado” abre inúmeras portas na vida. Incutir determinação, em todas oportunidades: “Você conseguirá superar esta situação!” Não falar no erro cometido, mas numa meta a ser atingida, nada de crítica direta, indicar caminhos a serem seguidos. Não se fale em problemas, mas em desafios que todos devem superar. Mostrar que quem planta colhe e que a persistência compensa. Isto é tanto mais premente na sociedade consumista de hoje quando os meios de comunicação intoxicam a mente juvenil. Multiplicam-se programas televisivos a mostrarem pessoas ganhando quantias astronômicas, numa sociedade transformada num enorme cassino, dado que há todo tipo de loteria e jogos de azar, e, assim, muitos são levados a querer tudo sem esforço. Há, de fato, meios práticos importantes para o desenvolvimento do educando. Ainda reina no Brasil a mentalidade que só valoriza o “doutor”. Nem todos, porém, precisam deste título para vencer na vida. Hoje em dia multiplicam-se os Cursos técnicos de informática, enfermagem, contabilidade e outros, por vezes até, com mercado de trabalho muito mais amplo e imediato. Nada de fazer tempestade em copo d’água. Há sempre uma maneira diferente de aprender melhor: o método bom para um, não é para outro. O principal é conseguir que o educando formule claramente metas, sonhos e desejos, sem querer o impossível.
Harmonia é a habilidade de entrar no mundo do jovem para fazer com que ele sinta que é entendido e isto gera um forte vínculo comum. Eis expressões valiosas: “Eu compreendo o que você sente”, “Eu entendo seu ponto de vista”, ”Eu ouvi atentamente o que você estava dizendo” “Eu senti que fiquei tocado com o que você estava dizendo; sem dúvida você tem razão, mas já pensou que... “Empatia e compreensão são essenciais para a educação: ver, ouvir, sentir e perceber. Falar não buzinar! Ensinar que temos que lidar com a vida como ela é e não como gostaríamos que fosse – Nada de termos que acionam reações negativas: “Isto é um absurdo”. É muito melhor: “Eu respeito sua opinião”, mas ...” e em seguida se dá uma razão plausível Não falar no erro, mas numa meta a ser atingida, nada de crítica direta, entretanto, isto sim, a mostrar caminhos a serem seguidos.
Cumpre, outrossim, saber lidar com os diversos perfis caracterológicos
Embora este aspecto da pedagogia exija estudos mais profundos, aqui são apresentadas algumas pistas para que pais e educadores possam diagnosticar o caráter do jovem e lhe apresentar soluções e orientações.
Os elementos fundamentais que regem todos os tipos são a emotividade que pode ser positiva (E) ou negativa (nE). Segundo Mounier é “a emotividade que mede a sensibilidade de um estímulo que toca o ser racional de perto interna ou externamente” a atividade, segundo Griéger “é uma tendência congênita e assídua, que impele a agir ou a criar ocasiões de agir” (A ou nA); a ressonância das impressões: primárias (P) ou secundárias (S). O indivíduo primário é um impulsivo que, geralmente, não pensa antes de falar ou agir, ao contrário do secundário que reflete, pensa e nunca dá de chofre uma resposta, pois diz sempre: “vou pensar, depois lhe dou uma resposta”.
Com perspicácia um bom educador pode pinçar estes elementos e bem orientar seus filhos ou alunos, formando sua personalidade em cima de seu perfil caracterológico. * Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.

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