quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Há princípios elementares que conduzem ao desafio estimulante, os quais devem merecer dos educadores toda atenção. É preciso, em primeiro lugar, que pais e mestres mostrem ao adolescente que não se deve nunca inventar desculpas por possíveis erros cometidos e não se atribua, neste caso, a culpa aos outros. Cair na defensiva é um mal que impede o progresso pessoal. Daí ser importante combater a defensividade que não leva a nada. Cumpre aos pais e aos professores ensinar que se deve assumir a vida com coragem e determinação; converter sonhos em realidade; buscar um progresso constante sem acomodações; maximizar seu potencial; evitar se menosprezar, baixando a auto-estima. Cumpre, ainda, estar os educadores atentos ao efeito mágico das palavras. As palavras despertam emoções, ações e reações. Elas matam ou alentam! Podem ferir o ego ou inflamar o coração. Eis por que cumpre aos Pais e Mestres melhorar constantemente o vocabulário sistêmico. As palavras, de fato, têm vida, cor e atuam irreversivelmente Há palavras que tornam o impacto emocional negativo, outras, porém, elevam-no extraordinariamente, transportando aos páramos da tranqüilidade e do bem-estar. Daí ser imprescindível expurgar as palavras enfraquecedoras, desalentadoras. Assim, por exemplo, nunca se deve dizer: “Você está fraco em matemática, trate de estudar”, mas é muito mais estimulante afirmar: “A matemática é útil em todos os setores da vida, procure estudá-la com afinco”. É que não se deve forçar as pessoas, mas fazer desejar o que devem fazer. Sugerir, sim; empurrar, nunca. Seria contraproducente falar: “Cuidado! Se não estudar vai tirar notas ruins”. É muito mais eficiente asseverar: “Você estudando, vai ter sucesso na vida, será um vitorioso!” O emprego de palavras dinâmicas movem para uma ação realizadora. Agora é um termo que vigora, nunca é um vocábulo que deprime. É sumamente positivo declarar: “Agora, sim, você mostrou talento e o brilhante resultado está de acordo com sua inteligência!” É negativo proclamar: “Você nunca devia ter deixado de estudar foi por isto que obtinha notas tão ruins”. Até mesmo um momento de triunfo fica comprometido pela desastrada observação. A quem quer se divertir ao invés de se entregar a seus deveres escolares é muito mais eficiente assim se expressar: “Quem sabe que, se você for estudar agora será mais proveitoso para você e, depois, descansará muito mais”. Oferecer uma opção é sempre mais eficaz. Criar, portanto comportamentos alternativos para satisfazer a intenção de mudança, enfatizando a excelência, a importância, a oportunidade, a emoção e o desafio de realizar a tarefa. Ensinar ao educando a fazer o que pode, com o que tem e onde estiver, abrindo, entretanto, perspectivas que não enquadrem o jovem numa só possibilidade de ação. Nada, contudo, de sonhos mirabolantes! É de bom alvitre o lembrete de que todo mundo gosta de se sentir importante. Assim sendo diante de notas péssimas nunca uma observação como esta: “Isto me aborrece, estude e não terá resultados tão catastróficos”. É bem mais pedagógica uma sentença assim: “Estas notas não estão de acordo com aluno tão inteligente e capaz. As próximas notas vão compensar tudo”. Com efeito, além de despertar os brios juvenis, está dado o antídoto e, na verdade, bem sutilmente agindo de maneira subliminar. O bom educador sabe incentivar. Deste modo, diante do sucesso obtido emprega termos estimulantes, como, “maravilhoso”, “espetacular”, “eu e sua mãe estamos explodindo de felicidade”, “não nos podia acontecer nada de melhor para nós na vida!” Há palavras que abrandam um problema. Quantos jovens que fazem o Vestibular e ficam na lista de espera! Na verdade eles passaram, só que não havia vaga. Esta ponderação tem levantado o ânimo de muitos, levando-os a ter, imediatamente, confiança no próximo exame. Cumpre acreditar nos efeitos maravilhosos das palavras!
* Professor no Seminário de Mariana de 1964 a 2008.

5 comentários:

  1. Vou mudar meu vocabulario em casa e ficar na esperança que minhas filhas melhorem suas atitudes,...

    Amei!!!

    Obrigado

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  2. Maravilhoso texto, muito educativo e estimulante !

    Juliano

    primo_ribeiro@yahoo.com.br

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  3. Muito bom texto. Como educadora uso esta maneira de falar com meus alunos e com minha querida filha.

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