quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

MÃE, MADRASTRA, GUERREIRA

MÃE, MADASTRA, GUERREIRA. Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho* Ao longo se seu governo a Presidente da República vem desenvolvendo inúmeros programas sociais, objetivando construir uma nação na qual a miséria seja banida. Deste modo, vem crescendo a inclusão social e a meta é diminuir a desigualdade entre os brasileiros. É o louvável lado materno da atual mandatária suprema da nação, ainda que as contas públicas estejam combalidas. Como outrora Getúlio Vargas foi intitulado “Pai dos pobres” hoje bem se pode rotular Dilma Roussef “Mãe dos indigentes”. Ao lado disto, porém, ela tem se revelado uma madrasta para a população em geral. Pelo descontrole econômico fruto de uma má administração, a inflação carcome as combalidas finanças dos cidadãos desta pátria bem amada. Adite-se a ameaça contínua da volta da famigerada CPMF, que significa mais um assalto ao bolso do contribuinte. A frieza com que o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, insiste em falar deste imposto é impressionante e a ele fazem eco outros Ministros. É uma situação de causar pavor e aí já não se vê mais uma mãe governando o país, mas uma madrasta cruel. Entretanto, há outra faceta da atual Presidente que não se pode esquecer, qual seja sua bravura na luta contra os que a querem fora do governo, pugnando com todas as armas jurídicas contra qualquer manobra de impeachment. Aí surge a guerreira da democracia que quer fazer valer os votos que obteve nas urnas. Argui corajosamente o Presidente da Câmara e então aparece aquela que não ensarilha as armas e sai para o combate direto. Enfrenta até seu padrinho politico, Luís Inácio Lula da Silva, não trocando o atual Ministro da Fazenda, embora assumindo o desgaste pela impertinência do atual Ministro em insistir na horrípila CPMF. Os adversários da Presidente garantem que ela não chegará ao fim de seu mandato. Quem viver, verá! Os admiradores da atual Presidente deveriam alertá-la sobre a pirexia dos impostos. O problema é antigo. Em 1713 grande era a aflição que pairava nas Minas Gerais. Além do imposto por bateia e dos impostos de indústrias e profissões, pagavam-se outras diversas e não pequenas taxas. Uma consciência crítica resultou deste estado de coisas e a revolta se instalou, fruto da oposição aos excessos dos impostos extorsivos. Na França, a indignação contra a gabelle, um imposto sobre o sal, foi um dos fatores que contribuíram para a Revolução Francesa, durante a qual os coletores de impostos foram mortos na guilhotina. Reações violentas sempre se opuseram à atitude governamental de oprimir o povo, ao invés de governar melhor. No Brasil, neste ano de 2015, aí estão as inúmeras contradições do Governo no que tange a arrancar dinheiro da população. Houvesse mais parcimônia nos gastos governamentais e mais sabedoria e tino em administrar o país e menor seria a carga tributária que acaçapa o brasileiro. • Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

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