terça-feira, 1 de setembro de 2015
A SITUAÇÃO NACIONAL
A SITUAÇÃO NACIONAL
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho, da Academia Mineira de Letras.
Não é fácil resumir numa palavra o atual panorama político brasileiro. O termo, talvez, mais apropriado seja diagnosticá-lo como complexo. É, de fato, sob vários aspectos, complicado. O Governo está perplexo e sem rumo. A Oposição não sabe o que fazer para não parecer conspiração. Nota-se uma cautela até exagerada dos oposicionistas ao remexerem o caldeirão político do atual contexto histórico. Cumpre, é verdade, evitar contradição, mera reação, simples idiossincrasia. Enquanto isto o povo fica desorientado. O Governo não governa. Tomas pequenas medidas esparsas. Aqui e ali encanta, sobretudo, o padecido povo nordestino. Inaugura pequenas obras diante de grupos seletos preparados para os aplausos. Ficam afastados os que refletiriam o verdadeiro sentimento popular. Escorchado por insuportáveis impostos, o povo se viu estes dias ameaçado pela volta da famigerada CPMF. Não fora a oportuna intervenção do enigmático Vice- Presidente e mais este fulminante ataque às finanças do cidadão estaria perpetrado. Aliás, seja dito, que, na Câmara e no Senado, Parlamentares sensatos da base aliada e da oposição divergiram sobre a proposta da Presidente. Faltou consenso até dentro do partido da mandatária suprema da nação. Inclusive, se o novo imposto fosse sancionado a já abalada popularidade da Presidente cairia ainda mais. Está na hora, então, os Políticos, sejam de qual partido forem, tomarem uma atitude. Nesta emergência não se pode ser getuliano, “deixando como está para ver como é que fica”. Cumpre oferecer perspectivas concretas mais confortáveis para a população. O 7 de setembro que se aproxima precisa mexer com os brios dos autênticos patriotas. Do contrário, o Brasil estará nas próximas eleições presidenciais entregue mais uma vez a uma demagogia perversa. É preciso evitar a má política, a política antipolítica, a política dos oportunistas, desobstruindo o caminho para os capazes. Isto significa amar a pátria, que é “a mãe comum de todos nós”, como bem sentenciou o escritor latino Marco Túlio Cícero. Este amor é um sentimento sagrado que deve borbulhar em todos os corações. Quando a situação é esta que se contempla no Brasil de hoje há deveres para todos no sentido de contribuir na medida do possível para que surjam dias melhores. O verdadeiro patriotismo não é de nenhum partido, pois todos os partidos podem e devem oferecer políticos abalizados, probos, competentes que, realmente, trabalhem para o bem comum. O Brasil, que pode se blasonar de notáveis Presidentes da República que se mostraram extraordinários estadistas, promovendo a grandeza desta nação, não pode ficar ao léo de improvisações e gastos astronômicos. Depois passam a conta para um povo sofrido. A carga tributária já é horrípila, aumentá-la será mais uma prova da incompetência dos atuais governantes.
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