quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ESPORTE E ÉTICA

ESPORTE E A ÉTICA Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho* De plano seja dito que esportes radicais que colocam em risco a vida são condenáveis, são ilícitos. A vida é o grande dom de Deus que deve ser preservado, evitando todas as imponderações que o colocam em perigo. Há esportes ditos radicais que não atingem alto grau de periculosidade e cada caso deve ser cuidadosamente examinado. A vida do esportista precisa ser cercada de garantias contra todo perigo letal. Muitos acidentes levam à morte ou a danos irreversíveis à saúde como o que aconteceu, por exemplo, com Michael Schumacher. Qualquer atleta deve examinar qual o benefício que determinado esporte proporciona e o risco que pode trazer a sua saúde. Expor-se temerariamente ao mesmo é moralmente condenável e pode constituir-se em pecado grave. Há profissões de alta periculosidade, mas esta é contornada pelo treinamento e pelo emprego de todos os recursos técnicos para se impedir um desastre fatal. Assim é o caso dos paraquedistas. Onde há o ser humano existe sempre a possibilidade de contratempos. A grande questão é a responsabilidade que deve envolver toda uma equipe de especialistas bem preparados para dar segurança ao ser humano em qualquer atividade, inclusive nos esportes. Está comprovado que há, muitas vezes, menos ameaça à vida numa viagem aérea do que em veículos nas estradas. Neste caso os profissionais que lidam com aeronaves podem exercer tranquilamente sua ocupação. Muitos fazem do automobilismo, como nas corridas da Fórmula 1, o meio de vida e, neste caso, também valem os princípios acima exarados, para evitar o que aconteceu com Ayrton Senna. Muito se fala em “falhas humanas” e é aí que reside tantas vezes a culpabilidade. Qualquer esporte que pode diretamente lesar gravemente a vida própria ou a do outro esportista é ilegal. Muitos jovens causam enormes preocupações a seus pais ao se entregarem a esportes radicais que poderiam perfeitamente ser substituídos por outras práticas esportivas. Acrescente-se que a prática do esporte é algo sadio e, sobretudo, os jovens precisam se dedicar ao mesmo a bem da própria saúde. Hoje, em dia, as Academias oferecem oportunidades para exercícios físicos e muitos podem ter em casa determinados aparelhos que possibilitam esta prática com grande proveito psicossomático e sem nenhum risco. Nada melhor na vida do que o bom senso e a não violação da própria consciência, temerariamente procurando esportes radicais. Neste tema em tela não se deve falar em risco aceitável, mas sim em máxima segurança para a preservação da vida. Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

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