sexta-feira, 13 de março de 2009

AMOR Á IGREJA

AMOR À IGREJA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Orquestrada pelo Maligno uma onda de ataques à Igreja invadiu o Brasil por causa do episódio da menina que ficou grávida aos 9 anos violentada pelo padrasto em Recife e que por autorização da mãe, teve a gestação interrompida, tendo as autoridades eclesiásticas condenado tais crimes. Oportunistas de todos os tipos surgiram. A pouco um ilustre sacerdote telefonou a este articulista estarrecido com uma poesia de alguém, que se esconde atrás do pseudonimo de Miguezim de Princesa, a falar cobras e largatos contra a Instituição fundada por Jesus Cristo. Num total desconhecimento de História, Filosofia, Teologia se misturam conceitos os mais diversos para denegrir a Esposa de Cristo. Nesta hora é bom se recordar de alguém que muito se dedicou à evangelização: o saudoso Arcebispo Dom Oscar de Oliveira. O amor profundo de D. Oscar à Igreja foi um dos carismas com que o Espírito Santo o agraciou. Assim se expressou: “Bela é a Igreja de Cristo pela essência de sua santidade. Creio na Igreja Santa, professamos com alegria este seu atributo divino, do Símbolo de Nicéia. Igreja santa por ser ela obra da própria Santidade, o Verbo de Deus Encarnado”. Desfazia ele um grande equívoco daqueles que não têm uma verdadeira noção da Esposa de Cristo: “Faz-se hoje muita crítica à chamada Igreja Institucional. Que se desejaria que fosse ela? Apenas uma entidade espiritual, ligada só a Cristo, sem hierarquia, sem um vínculo de direção suprema a defender-lhe a unidade? (471,1). D. Oscar amava deste modo a Igreja bem na linha do sábio Papa Paulo VI que durante o Congresso Eucarístico de Bogotá chamou a atenção para o erro dos que ironizavam a Igreja Institucional. Clamava então D. Oscar pela renovação autêntica da Igreja à luz do Vaticano II. Com Paulo VI proclamava: “Renovação, sim: secularização, não”. Escreveu D. Oscar grande número de artigos sobre a Igreja, nos quais fulge esta sua dedicação a esta Instituição querida por Cristo. Fidelidade a ela era um leit motiv das suas pregações. Tudo fez a seu alcance para a honra e glória desta Igreja que tanto amava, aliás seguindo Paulo VI que dia 18 de setembro de 1968 exorava: “Amar a Igreja é o dever da hora presente” . Tal o sábio dito de São Cipriano: “não pode ter a Deus por Pai, quem não tem a Igreja por Mãe.. Eis bela estrofe de Dom Oscar: “Eu te amo, Igreja bela, Igreja santa, / Com ternura de filho! E até morrer,/ Por ti palpitarei com ânsia tanta, / Num gesto grato, gesto de prazer! A exemplo deste sábio Antístite saibamos defender a Santa Madre Igreja! * Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.

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