segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Pais e Mestres, educadores insubstituíveis

PAIS E MESTRES, EDUCADORES INSUBSTITUÍVEIS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*.
Aos pais e mestres é confiada uma missão de transcendental importância.
Esquece-se, muitas vezes, que a Escola outra coisa não é senão um prolongamento do lar.
No lar, mais do que em qualquer parte, se desenvolve o coração, se formam os costumes, se desperta a inteligência, e o caráter se inclina para o bem ou para o mal.
É no seio da família que o homem aprende os primeiros deveres de cidadão. As famílias são as raízes que elaboram o alimento moral da sociedade. É o lar que faz o homem, porque a educação doméstica forma as boas maneiras, os costumes e o caráter. É também desta fonte pura que derivam os princípios e as máximas boas que fazem cidadãos íntegros e beneméritos.
É inútil procurar o bem da pátria, a prosperidade das nações, a ordem e a harmonia na sociedade se não houver uma orientação segura vinda dos lares. A carreira das ações futuras começam na família, pois o primeiro manancial do verdadeiro idealismo é o lar paterno. Como asseverou D. João Becker, Arcebispo de Porto Alegre,a família é a pátria em miniatura.
Daí a necessidade da integração entre Pais e Mestres, todos atualizados, para fornecerem uma formação adequada ao perfil caracterológico do educando. Tudo isto dentro de princípios que, se não observados, levam a frustrações e a outros desvios graves. Cumpre criar um clima favorável ao pleno desenvolvimento de uma personalidade que desabrocha por meio de processos sábios e, pedagogicamente, acertados. Nada de autoritarismo que desagrega a sensibilidade e atinge a emotividade, gerando a histeria e outros males, aniquilando a criatividade do adolescente, que, agredido, se torna revoltado acumulando recalques. Nem haja, porém, a excessiva tolerância, outrossim, condenável, sendo que há, sempre, uma maneira psicológica de agir que leva o educando a acatar a correção sem cair numa atitude defensiva a qual o impede modificar atitudes errôneas. Ministrar a formação integral, a educação total do homem, é o constitutivo formal da tarefa de Pais e Mestres. Formar e educar, com efeito, é oferecer aquela orientação completa que conduz à concretização de um ideal superior sem as turbulências de atitudes deprimentes. Nada mais necessário do que guias perfeitos que oferecem, nos lares e nas escolas, as diretrizes que possibilitem o ser humano não falhar, que o torne capaz de realizar sua vocação, explorando ao máximo as potencialidades latentes dentro de si. * Professor no Seminário de Mariana de 1964 a 2008.

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