quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A bela profissão de dentista

A BELA PROFISSÃO DO DENTISTA.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Uma das mais belas profissões é, sem dúvida, a do odontologista cristão e nada melhor do que uma reflexão sobre as qualidades daquele que exerce esta atividade de tanta importância social.
Além dos conhecimentos hauridos nos Cursos de Odontologia oferecido pelas Universidades e Faculdades que ostentam alto padrão de tecnologia, cumpre sempre ao odontologista cristão a ampliação contínua do saber específico de cada área de atividade no percurso da sua atuação. É que, diante do fenômeno da aceleração da História, se antes parar no tempo era retrocesso sumamente danoso, em nossos dias seria se condenar ao fracasso letal, fatal para si e para os outros.
A competência decorre do trabalho cotidiano, do estudo de publicações científicas, da participação em Congressos e Cursos de pós-graduação. Trata-se da aptidão, da capacidade que são uma imposição moral diante de Deus e dos homens porque célebre e verídico o aforismo jurídico: “Ninguém dá o que não tem”.
À competência une-se vigilância, ou seja, a elaboração de diagnósticos cuidadosos, meticulosos até, embasados em métodos científicos apropriados dos quais resultam prescrições claras, judiciosas, acertadas. Toda negligência é perniciosa. Diagnóstico e tratamento exigem irrestrita atenção seja qual for a pessoa examinada, pois a ética cristã não admite fronteiras, segregações. Ingrediente valioso da vigilância é a prudência que obvia riscos desnecessários e de si perigosos. É a prudência que caracteriza uma ação vigilante, serena e séria.
O odontologista cristão alia à competência e à vigilância uma total disponibilidade o que não é fácil, sobretudo nos casos emergenciais. Aí é que os ensinamentos de Cristo dão também suporte poderoso, pois Jesus deu o exemplo: “Eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45). O dentista, epígono do Mestre divino, percebe ressoar nas quebradas de seu coração aquelas palavras de Cristo a recomendar o máximo de dedicação ao próximo: “Na verdade vos digo que todas as vezes que vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40). Esta advertência do Redentor ajuda nos momentos de fadiga, de impertinência da parte dos clientes, de atendimentos em casos urgentes. Impede recusas descabidas ou qualquer tipo de intolerância, de indolência, conduzindo sempre a uma ação humanitária em todos os sentidos, em todas as circunstâncias. Um odontólogista cristão que se preze há de ser sempre acessível, mobilizado a fazer o máximo para quem o procura, zelando pela saúde e dignidade do paciente seja qual for a situação.
Embora cioso de tais procedimentos em seu consultório, de acordo com a deontologia cristã, o odontologista se esmera por promover a saúde coletiva, mesmo que não exerça a profissão no setor público. Está sempre ciente de sua responsabilidade na ação sanitária, sobretudo no que tange aos programas de educação para o emprego das normas higiênicas e de profilaxia, por meio da cooperação na orientação das comunidades e na participação da organização de serviços imediatos, mormente nas regiões menos favorecidas.
Assim retratado, aquele que se dedica a esta parte da ciência médica que cuida do estado, das doenças e do tratamento dos dentes se torna o grande agente da teologia, da filosofia e da sociologia do corpo humano, do soma daquele que foi criado à imagem e semelhança de Deus. * Professor no Seminário de Mariana (MG) de 1967 a 2008).

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