sábado, 21 de fevereiro de 2015

A IGREJA CATÓLICA

A IGREJA CATÓLICA Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho* No símbolo niceno-constantinopolitano se faz a profissão de fé na Igreja una, santa, católica e apostólica. O termo “Igreja” vem do grego , que significa reunião do povo. A Igreja católica como está no Catecismo “é a sociedade de todos os cristãos que professam a mesma fé e recebem os mesmos sacramentos sob a obediência dos legítimos pastores e principalmente do Papa”. Como São Pedro o primeiro papa morreu em Roma e lá está a sede do soberano Pontífice se diz que a Igreja é romana. Ela é una porque todos os seus membros professam a mesma fé, Uma pluralidade de fiéis conscientemente unidos e aplicados na consecução do mesmo fim e com os mesmo meios de salvação que são os sete sacramentos. É santa, uma vez que seu chefe invisível é Cristo e o Espírito Santo a vivifica. Nela todos são chamados a se santificarem. É católica, uma vez que é universal, instituída e apta para oferecer a salvação a todos os homens de qualquer raça ou condição social. Católica porque segundo Santo Tomás de Aquino ela é de todos os tempos, pois acabado o mundo continuará no Céu. É apostólica dado que é fundada sobre os Apóstolos e sua pregação, sendo governada pelos seus sucessores, o papa e os bispos, pastores legítimos que sem interrupção e sem alteração continuam a transmitir a doutrina ensinada por Cristo. Estas são as características da Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo. A união que prende os fiéis reunidos nesta sociedade é tão profunda e misteriosa, isto é mística, a ponto de constituir um organismo sobrenatural, como ensinou São Paulo: “Somos um só corpo em Cristo” (Rm 12,5; 1 Cor 12,27; Ef 4, 4). Cristo é a cabeça do corpo que é a Igreja (Cl 1,18). A incorporação a Cristo na Igreja é íntima, vital, total. Ele disse: “Eu dou a videira vós os ramos [...] sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Cristo é o chefe invisível de toda a Igreja que infunde a graça, pois "todos participamos de sua plenitude” (Jo 1,16). Por tudo isto cremos na Igreja e muito a amamos. Ela é norma de fé, pois propõe infalivelmente as verdades a serem cridas e as leis divinas que devem ser observada por todos “que somente dela recebem aquela plena e segura cognição necessária para viver cristãmente”. A observância do Decálogo é essencial ao cristão para que ele seja Igreja no mundo, isto é, membro da grande assembleia que forma o Corpo Místico de Cristo. Jesus foi claro: "Brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o Pai que está no céu" (Mt 5,14). É impossível ser luz infringindo um dos dez preceitos divinos. São João assim se expressou: "Quem diz que o conhece (a Jesus) e não guarda os seus mandamentos é um mentiroso e a verdade não está nele. Mas quem guarda a sua palavra, nesse o amor de Deus é verdadeiramente perfeito" (1 Jo 2, 4-5). Jesus declarou: "Não é aquele que diz Senhor, Senhor que entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus" (Mt 7,21; Rm 2,13; Tg 1,22). O diálogo de Jesus com o jovem que procurava a perfeição, mostra que, antes de tudo, é preciso praticar os preceitos dados no Sinai. Jesus disse taxativamente àquele moço: "Se queres entrar na vida eterna observa os mandamentos" (Mt 19,17). O Decálogo não deve nunca ser visto como uma congérie de proibições, mas como o roteiro da felicidade e a maneira de ser Igreja num mundo divorciado de Deus. Todos os dez mandamentos cooperam para o benefício da sociedade toda e para a vida eclesial. Visam a libertação dos membros da Igreja de toda e qualquer escravidão. Muitas vezes se esquece da dimensão social do pecado que é exatamente o desprezo de algum dos mandamentos. Quanto mais se dilui a comunhão com Deus, tanto mais aumenta a solidariedade no mal. O pecado, sendo o afastamento de Deus e uma deformação de sua obra, é o mal do homem em sua plena realidade pessoal, social e afeta profundamente toda a vida da Igreja. * Diretor Espiritual do JSC

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